Os pais de Tomás eram emigrantes
que se encontravam em Florença quando nasceu Tomás em 1370. Na juventude andou
durante algum tempo bastante desorientado, devido a amizades contraídas com
pessoas pouco exemplares.
Mas da mesma forma que se deixou
encarreirar para essa existência fútil, também depois se deixou edificar pelos
bons exemplos de piedade e de mortificação de Ângelo Paz e de membros de uma
Pia União, e decidiu mudar de vida. Depois de uma confissão sincera, passou a
evitar más companhias e deixou de freqüentar lugares de vício, e decidiu mesmo
dizer adeus ao mundo e entrar no próximo
convento de Fiésole. Para isso se dirigiu ao célebre pregador João de
Stroncone, pedindo-lhe para o aceitarem como irmão. A sua vida anterior
suscitava algumas dúvidas; mas quando se notaram sinais evidentes de uma
autêntica conversão, não houve mais dúvidas em o aceitarem entre os Frades
menores. Tinha ele nessa altura 30 anos.
Na tardou distinguir-se pelas
virtudes de penitência e mortificação. Após o noviciado, não hesitaram em
nomeá-lo mestre de noviços. Os muitos discípulos por ele formados deram
testemunho da competência com que desempenhou um cargo de tanta
responsabilidade.
Em 1420, ao regressar da
Calábria, onde tinha ido em companhia de João de Stroncone, recebeu de Martinho
V a incumbência de dirigir a luta contra os “Fratricelli”. Dois anos mais
tarde, por morte de João de Stroncone, São Bernardino de Sena nomeou Frei Tomás
comissário provincial de alguns conventos por ele fundados. Frei Tomás
estabeleceu-se então em Scarlino, e aí instituiu o noviciado, nomeando para
mestre de noviços Frei Antônio de Stroncone, sobrinho de João.
Em 1439 o Beato Alberto de
Sarteano nomeado por Eugênio IV legado pontifício para várias comunidades de
cristãos do Oriente, escolheu, entre vários colaboradores, Frei Tomás. Tendo
desempenhado com êxito parte da missão encomendada pelo papa, deu-se o caso de
o Beato Alberto adoecer e ter de regressar à Itália, tendo antes pedido a Frei
Tomás para o substituir no cumprimento do mandato papal. Ele aceitou, e partiu
com três companheiros para a Etiópia. Aí por duas vezes foram presos pelos
muçulmanos e sujeitos a tormentos de fome e flagelação, e por pouco não foram
assassinados. Foram libertados por uns mercadores de Florença, por interferência
do Beato Alberto, que conseguiu fazer chegar a tempo a soma exigida pelo
resgate.
Em 1445 regressou à Itália. Caiu
doente em Riéti, e foi levado para o convento de São Francisco, onde morreu a
31 de outubro de 1447.
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