terça-feira, 15 de novembro de 2011

16 de novembro: São Luís Guanella



Natural duma povoação italiana dos Alpes Bergamascos, foi o nono dos treze filhos de uma piedosa família, que desde a infância lhe incutiu uma fé viva e operante, um constante amor ao trabalho e uma terna caridade para com os pobres.

Passada a infância entre os montes que sempre recordou com saudade, freqüentou primeiro o Colégio Gálio em Como, e depois, para os estudos eclesiásticos, os seminários diocesanos. Em todos esses centros de estudo se salientou pela piedade, amabilidade e aproveitamento nas disciplinas escolares.

Ordenado sacerdote em 1868, foi em várias freguesias pároco e ao mesmo tempo mestre-escola, pois tinha diploma de professor chegando mesmo a construir uma escola primária. Além disso, tomou iniciativas benéficas em favor dos pobres, e organizou a Ação Católica Juvenil, recentemente fundada. Em 1875 foi a Turim encontrar-se com João Bosco, de quem aprendeu o caminho da santidade e o método pedagógico. Vinculou-se então com votos religiosos à Sociedade Salesiana. Mas em 1878 foi chamado pelo bispo à sua diocese, para ser novamente nomeado pároco. Foi nessas circunstâncias que soou para ele a hora da graça, com a primeira fundação das obras de há muito sonhadas em favor dos pobres abandonados.

Como vários santos sacerdotes do seu tempo, por exemplo, João Bosco, José Cafasso, José Bento Cotolengo e outros, também ele fundou várias obras de beneficência, que rapidamente floresceram devido à dedicação e às qualidades pedagógicas dos seus colaboradores.

Devoto e admirador de São Francisco de Assis, ingressou na Ordem Terceira. Da vida do pobrezinho assumiu o espírito de pobreza e de perfeita alegria, de grande confiança em Deus e continuar a obra fundou duas congregações religiosas: os Servos da Caridade (Guanelianos) e as Filhas de Santa Maria da Providência (Guanelianas). A obra desenvolveu-se admiravelmente tanto na Itália como no estrangeiro. A pia união do Trânsito de São José, por ele iniciada em Roma, conta hoje com mais de dez milhões de membros.

Numa época de exacerbado anticlericalismo, as autoridades laicas não viram com bons olhos essas obras, e ele foi alvos de injustiças e perseguições, mas tudo venceu com a força da fé e o fogo da caridade. Foi à América acompanhado de emigrantes, e muito trabalhou para a assistência religiosa aos mesmos. Para instruir a juventude abriu escolas de iniciação e oratórios. Para assistir às vítimas de terremotos, não poupou energias nem meios materiais.

Em Como, no dia 24 de outubro de 1915, aos 73 anos, concluiu a sua atividade terrena este herói da caridade. O seu corpo venera-se no santuário do Sagrado Coração, em Como.

Foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 23 de outubro de 2011.

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