domingo, 1 de janeiro de 2012

02 de janeiro: Martinho da Ascensão

A 5 de fevereiro de 1597 morreram crucificados em Nagasáki 6 irmãos menores e 17 terceiros franciscanos. Era o termo de um longo calvário, através de muitas terras e cidades, entre os mais variados suplícios e recepções triunfais por parte de cristãos e pagãos. Apesar da dura perseguição contra a Igreja, desencadeada por instigação dos bonzos, nem por isso terminou a prodigiosa difusão do cristianismo no Japão.
Martinho da Ascensão nasceu perto de Pamplona (Espanha) em 1567. Aos 15 anos a família decidiu mandá-lo estudar filosofia e teologia em Alcalá. Em 1585 ele mesmo pediu para ser admitido na ordem dos frades menores, no convento de Augnon. Uma vez terminado o tirocínio habitual, e feita a profissão solene, logo no ano seguinte foi enviado para o convento de São Bernardino, de Madrid, onde brilhou pela vida exemplar, mortificada e penitente. Ordenado sacerdote, manifestou desejo de ir para as missões, e foi enviado para o México (1590), onde o encarregaram de ensinar filosofia e teologia no convento de Churubusco. Daí foi transferido para as Filipinas, e passou a lecionar em Lução. Em 1595 foi enviado, em companhia do seu aluno Francisco Branco, para o Japão, onde exerceu notável atividade apostólica e assistencial em Meaco, e depois em Osaca, onde foi guardião do convento. Em finais desse ano desencadeou-se a perseguição, e Martinho foi preso com três terceiros franciscanos: Joaquim Sccakibara, e dois jovens, Tomás e Antônio Kosáki, respectivamente de 15 e 13 anos. Com os jesuítas Tiago Kisai, Paulo Miki e João Soan de Goto, foram levados para Meaco, onde já estavam presos outros cristãos. Cortaram a cada um a orelha esquerda, e expuseram-nos à irrisão e ao escárnio público em todas as cidades e aldeias onde passavam a caminho de Nagasáki. Aí foram crucificados com 25 companheiros. São Martinho morreu a rezar o salmo 117, “Louvai o Senhor, todas as nações!”.

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