quinta-feira, 23 de agosto de 2012

22 de agosto: Beato Timóteo de Montíquio


Nasceu em Montíquio, a poucos quilômetros de Áquila, a cidade onde nesse mesmo ano São Bernardino de Sena voava para o céu. No firmamento da santidade seráfica extinguia-se assim um astro, em torno do qual surgiram muitas estrelas, entre elas o B. Timóteo.
De família rural, viveu totalmente dedicado à oração. Com receio dos perigos do mundo, e no intuito de evitá-los, juntamente com um irmão de sangue entrou na ordem dos frades menores, que nessa época atingia o auge da celebridade pela vida santa de muitos dos seus filhos. Ordenado sacerdote, foi-lhe logo encomendado o cargo de mestre de noviços. A sua vida parecia mais celeste do que terrena, até pelas frequentes visões da SS. Virgem e de S. Francisco, e pelo dom dos milagres. Procurou impregnar-se do espírito daqueles santos religiosos que renovaram a observância da regra na ordem seráfica, a começar por S. Bernardino de Sena.
Do convento onde durante muitos anos foi mestre de noviços passou mais tarde para um outro, mais humilde, onde viveu até à morte. O teor de vida foi sempre o mesmo, de oração e contemplação, de zelo sacerdotal e fidelidade heróica à regra franciscana.
As virtudes em que mais brilhou foram o desprendimento do mundo, a exata, o fervor no serviço divino, a meditação da paixão de Cristo e uma filial devoção a Maria e a S. Francisco. Era talo seu amor ao silêncio e à solidão, que as conversas que mantinha eram sempre breves, embora cheias de cordialidade e bondade.
Era tão humilde, que sempre se considerava o mínimo de todos; tão obediente, que fazia o que lhe mandasse até o último dos confrades; e para conservar intacta a pureza, mortificava o corpo com cilícios e outras formas de austeridade. Era caridoso para com todos; arranjava mil maneiras de socorrer os necessitados;  assistia com paciência os moribundos; era assíduo no sacramento da reconciliação e na direção espiritual. E não deixou de anunciar às cidades e povoações vizinhas a mensagem evangélica.
Com idade de 60 anos, a 22 de agosto de 1504, adormeceu serenamente no Senhor, no convento solitário de Santo Ângelo de Ocre.

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